Uma equipe da DPA, única
televisão do país, acompanhou a atriz nas províncias de Benguela e Cabinda,
visitando hospitais de mutilados e frentes de batalha, nas quais o Exército
angolano vem lutando contra os guerrilheiros da Unita (União Nacional para a
Independência Total de Angola). "Lá, vi as cenas mais chocantes da minha vida",
lembra Taís. "Em Luanda, vi muitas crianças chorando e com fome." Ela gravou uma
mensagem para a televisão. Taís conta que tentou minimizar os horrores causados
pela guerra com mensagens de esperança ao povo. "Fiquei mais sensível e
solidária depois dessa viagem", garante.
Orgulhosa, ela diz que a
segunda versão da novela Anjo Mau, exibida em 1997, na Rede Globo, foi comprada
pela televisão estatal de Angola por sua participação na história. "Eles sabem
tudo sobre a minha personagem." Ela conta que sabia da admiração dos angolanos
por seu trabalho. "Fui tratada como uma rainha", diz. A atriz foi recebida no
aeroporto pelo presidente José Eduardo dos Santos e pela primeira-dama, Ana
Paula dos Santos. Lá mesmo, foi homenageada por uma multidão de fãs que a
aguardavam no aeroporto. No caminho, milhares de pessoas choravam e gritavam
pelo nome da atriz, enquanto tentavam alcançar o carro que a
conduzia.
No sábado 28, dois dias
antes de retornar ao Brasil, participou de duas festas de aniversário do
presidente José Eduardo dos Santos. Uma, pela manhã, com centenas de crianças, e
outra, à noite, no palácio. Nas duas, foi coberta de mimos pelo presidente e
pela primeira-dama. A atriz voltou tão entusiasmada da viagem que assim que
desembarcou no Brasil, na segunda 30, iniciou imediatamente uma campanha para
arrecadar alimentos, remédios e cobertores para os angolanos. Ex-namorada do
cantor Netinho, do grupo de pagode Negritude Júnior, Taís Araújo conta que
pretende pedir ajuda aos músicos para promover campanhas em prol de Angola em
seus shows.
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